Informação policial e Bombeiro Militar

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Major estava de folga quando soube do incêndio colocou a farda e foi pra lá ajudar os companheiros a apagar o fogo, resultado acabou preso. Faltou água os paisanos cederam dois carros, a população começou com as vaias, então o major disse “Há 16 anos venho sendo feito de palhaço”, disse. "Todos sabem que faltam viaturas e equipamentos e somos nós quem escuta as reclamações da população como as de hoje. É preciso que todos saibam que a tropa é dedicada e faz o impossível para prestar o serviço ao alagoano", destacou ainda no local.Secretário determinou a prisão do Major Comandante Geral concordou e disse ‘Estamos em Democracia, mas militar segue um regulamento’

 


Veja as declarações que levaram a prisão do Major



Major do Corpo de Bombeiros é preso após ‘críticas’ em operação

O major do Corpo de Bombeiros de Alagoas, Carlos Burity, se encontra recolhido no Quartel-geral da corporação por conta das críticas feitas à falta de estrutura necessária para apagar um incêndio ocorrido no sábado, 2, no Pavilhão do Artesanato em Pajuçara.

Durante o combate as chamas, faltou água e a corporação precisou ser socorrida por dois carros de uma empresa particular, conforme informações dos lojistas. Diante da situação, os bombeiros foram alvo de protestos e vaias. Em entrevista à imprensa, Burity salientou que ouve críticas há 16 anos, mas o problema é da estrutura da corporação.

“Há 16 anos venho sendo feito de palhaço”, disse. "Todos sabem que faltam viaturas e equipamentos e somos nós quem escuta as reclamações da população como as de hoje. É preciso que todos saibam que a tropa é dedicada e faz o impossível para prestar o serviço ao alagoano", destacou ainda no local.

Burity confirmou a própria prisão por meio de seu perfil no twitter, ao tempo em que começou a receber solidariedade de seus seguidores. “Falei algo demais? Eu devo mentir”, colocou ainda ao falar de sua detenção. De acordo com informações obtidas pelo Alagoas24Horas, o major do Corpo do Bombeiros será detido por 72 horas por determinação do secretário de Defesa Social, coronel Dário César.

Paralelo à prisão, o major responderá a processo disciplinar pelas críticas feitas em público. Segundo uma fonte que esteve com Burity, o major demonstra revolta com o fato da determinação ter vindo do comando e ressalta que sempre foi um defensor da corporação. “Não cometi nenhum crime. Só fiz criticar problemas na estrutura, em um momento de estresse, com toda a população criticando o Corpo de Bombeiros”, colocou.

Burity já foi ouvido pelo comando do Corpo de Bombeiros. No dia do incêndio, o major sequer estava de serviço. Ao saber da ocorrência, ele colocou a farda e saiu de casa para ajudar os companheiros na operação de contenção das chamas no Pavilhão do Artesanato
‘Estamos em Democracia, mas militar segue um regulamento’

O comandante do Corpo de Bombeiros de Alagoas, coronel Neitônio Freitas, avaliou que a prisão do major Carlos Burity – determinada no dia de ontem, 3, pelo secretário de Defesa Social, Dário César – foi um ato administrativo em virtude do major ter se excedido nas declarações. De acordo com Freitas, as críticas à falta de equipamentos até poderia ser feita, mas não exposta como se a “corporação não estivesse fazendo nada
“As declarações refletem uma situação a qual passa a corporação, que não se encontra no seu ideal, mas é algo que nós da corporação temos buscado. O governo do Estado tem investido na capacitação de profissionais e na busca de convênios”, colocou Neitônio Freitas. O comandante ainda salientou que as declarações de Burity colocam como se nada estivesse sendo feito, o que segundo Neitônio Freitas “não é verdade”.
O major chegou a salientar que “há 16 anos vem sendo feito de palhaço”. De acordo com Neitônio, o major Carlos Burity “se não for o melhor é um dos melhores da corporação. Tenho a apreciação por ele. Mas, infelizmente extrapolou e atingiu a corporação e o governo, como se nada estivesse sendo feito”.
Neitônio Freitas salienta ainda que a taxa de incêndio que vem sendo paga pela população tem seus recursos aplicados dentro da própria corporação e que a situação do Corpo de Bombeiros hoje ainda não é a ideal, mas é melhor que no passado. “Os militares estão passando por cursos de aperfeiçoamento e só de diárias o governo gastou R$ 110 mil, para que os militares possam se aperfeiçoar e melhorar os serviços ofertados à população”.
Além disto, Freitas coloca que na parte operacional foram fechados convênios com o Governo Federal, graças ao Executivo estadual. “Estes convênios possibilitam a compra de uma nova viatura avaliada em R$ 1 milhão, além de equipamentos como capacetes e botas. É feito muito para que o Corpo de Bombeiros possa alcançar o patamar ideal, com todo bombeiro tendo seu próprio equipamento”, colocou ainda. O comandante salientou que a corporação deve receber uma nova viatura em 30 dias.
“Trabalhamos com um plano de contingência que tem como parceiros empresas públicas. As declarações do major vai além do que ele pode falar. Dizer que somos carentes, ele pode dizer. Isto eu sempre digo. Agora, ele transgrediu ao dizer que não estamos fazendo nada, porque está sendo feito muita coisa no Corpo de Bombeiros”, destacou.
Neitônio Freitas disse ainda que a determinação da prisão foi um ato administrativo de consenso entre ele e o secretário de Defesa Social. “A prisão é administrativa pelo prazo de 72 horas, que é o tempo de ouvir o major e tomar as providências cabíveis (processo disciplinar)”. “A democracia nos dá liberdade, mas militar tem que seguir um regulamento”, explicou.
O comandante destacou ainda que as maiores deficiências estão justamente na área de combate a incêndio. Segundo ele, é necessário dobrar a quantidade de viaturas e melhorar a condição dos militares. Em relação ao fato específico envolvendo o caso do Pavilhão do Artesanato, “não houve erro operacional. Tínhamos duas viaturas funcionando e a outra estava em uma ocorrência. A que estava no local tinha cinco mil litros, que foram consumidos rapidamente. O hidrante no local não tinha vazão”, finalizou.

Major Burity tem prisão revogada pelo Comando do Corpo de Bombeiros

Após ter decretado a prisão do major Carlos Burity, preso por determinação do secretário de Defesa Social, Dário Cesar, O comando do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas divulgou através de nota, que o major foi liberado na manhã desta segunda-feira (4).

O major do Corpo de Bombeiros de Alagoas, Carlos Burity foi preso no Quartel Geral da Corporação, após declarações criticando as condições de trabalho da Corporação durante uma operação de combate a incêndio realizada no Pavilhão do Artesanato, na pajuçara, em Maceió.

Ele teria dito: “Há 16 anos venho sendo feito de palhaço. Todos sabem que faltam viaturas e equipamentos e somos nós quem escuta as reclamações da população como as de hoje. É preciso que todos saibam que a tropa é dedicada e faz o impossível para prestar o serviço ao alagoano". Burity disse ainda: "este capacete, eu tenho porque fui eu que comprei", afirmou
De acordo com a nota, o major foi liberado da medida disciplinar administrativa, entretanto, a Corregedoria Geral da instituição já instaurou procedimento disciplinar para a devida apuração e esclarecimento dos fatos.

A liberação foi realizada, segundo o Comando do Corpo de Bombeiro, após oitiva do oficial e o entendimento, de que o caráter educativo da medida preventiva já tenha sido alcançado

por Roberto Lopes

Fontes: Aqui acontece http://www.aquiacontece.com.br/index.php?pag=maceio&cod=2398

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