Informação policial e Bombeiro Militar

sábado, 3 de setembro de 2011

Mas a Polícia Militar se sujeita a cada coisa! Dessa vez vai ganhar uma jornada extra para fazer o trabalho dos policiais civis que estão em greve, o que é Inconstitucional, mas para o governador não é. Indagado sobre a possibilidade de os militares engrossarem o movimento, já que, apesar de um acordo, os soldados continuam insatisfeitos com o valor dos seus vencimentos, Silval disse não temer essa probabilidade. “A Polícia Militar é muito disciplinada e sabe que não houve como aumentar mais a nossa proposta”. A tá!


Governo dá ultimato de 24h a policiais

Caso não retornem ao trabalho, investigadores e escrivães terão 100% do ponto cortados e serão submetidos a processo disciplinar, disse Silval



Pedro Alves/DC


Independente das medidas do governo, categoria seguiu paralisada durante todo o dia e assim seguirá


JOANICE DE DEUS
Da Reportagem

Com a radicalização dos escrivães e dos investigadores da Polícia Civil em paralisar totalmente as atividades, o governador Silval Barbosa adotou uma postura mais drástica para forçar as duas categorias a retornarem aos seus postos de trabalho em 24 horas, sob pena de sofrerem corte de 100% dos salários e de responderem procedimento administrativo disciplinar. Também autorizou o uso da jornada voluntária para que policiais militares em folga possam fazer todos os procedimentos dos civis nas delegacias.

Estas e outras decisões foram tomadas em uma reunião que durou quase três horas com as presenças das autoridades ligadas ao setor da Segurança Pública do Estado. “Chegamos ao limite. Convocamos investigadores e escrivães para retornarem ao trabalho em 24 horas”, solicitou Barbosa. “A sociedade não pode ser penalizada se o Estado não tem condições de atender o que estão pedindo. Eles têm que ter a sensibilidade de voltar ao trabalho”, acrescentou.

A greve dos policiais civis já dura 65 dias. Eles recusaram a proposta ofertada pelo governo e, até ontem, vinham mantendo 30% das atividades. Há 30 dias, a Justiça também considerou a paralisação ilegal sob pena de multa diária de R$ 20 mil.

Além do corte dos vencimentos e da abertura do processo disciplinar, Barbosa determinou que os todos os policiais civis entreguem suas armas, o recolhimento dos veículos para o pátio das delegacias, a convocação de 349 alunos aprovados em concurso público que já realizaram mais da metade do curso de formação, a abertura de novo processo seletivo e a retirada das propostas feitas pelo Estado às duas categorias. “Não voltando ao trabalho, vai permanecer a proposta que já cumprimos agora em maio de 2011 e, em 2012, iremos recompor apenas a inflação”, disse.

Barbosa explicou que, por meio da Lei 344/2008, foi feito um acordo com os policiais civis. “Para este ano de 2011 teríamos que aumentar em 15% e colocamos o reajuste na folha. Nós cumprimos o que a Lei determinava”, afirmou. Pela última proposta feita pelo governo, a categoria alcançaria o salário inicial de R$ 3,9 mil e final de R$ R$ 11,1 mil, em 2014. Eles reivindicam R$ 3,5 mil ainda neste ano.

Segundo Barbosa, a convocação dos PMs para desempenhar as atividades dos PC não vai prejudicar o trabalho ostensivo nas ruas. “Vai ter efetivo suficiente”, disse garantindo que a medida não é inconstitucional. O governador não descartou também, em uma situação emergencial e extraordinária, solicitar apoio ao Exército ou Força Nacional. Serão convocados ainda os 1.200 PMs aprovados no último processo seletivo.

Indagado sobre a possibilidade de os militares engrossarem o movimento, já que, apesar de um acordo, os soldados continuam insatisfeitos com o valor dos seus vencimentos, Silval disse não temer essa probabilidade. “A Polícia Militar é muito disciplinada e sabe que não houve como aumentar mais a nossa proposta”.

Já uma fonte ouvida pela reportagem do Diário disse que os alunos em formação profissional estavam receosos com a decisão do governo. “Não têm nem dois meses de academia. Não houve tempo suficiente para preparação. Estão todos desesperados”, contou. O governo, no entanto, garante que eles estão aptos para o trabalho.

Silval Barbosa informou ainda que oficializou a sua decisão ao Tribunal de Justiça, Ministério Público e à Assembleia Legislativa, que teriam dado apoio ao Estado.

Presente na reunião, o diretor da Polícia Civil, Paulo Vilela, afirmou que os delegados estavam fazendo os flagrantes. “Os serviços emergenciais vão ser feitos. Os delegados não estão em greve”, reforçou o delegado do Cisc Planalto, Waldeck Duarte.


Fonte: Diário de Cuiabá

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