Informação policial e Bombeiro Militar

sábado, 14 de abril de 2012

Família de caminhoneiro morto por PM comemora exoneração, mas ainda espera condenação

Victor Melo
Redação Folha Vitória

Reprodução TV VitóriaA família do caminhoneiro morto pelo policial Saulo Oliveira de Souza comemorou a decisão da Polícia Militar do Espírito Santo de exonerar o soldado da corporação. O PM é acusado de assassinar Antonio Rodrigues após um acidente de trânsito na BR-101, na Serra. Apesar da decisão, os parentes ainda esperam a condenação criminal do agora ex-policial.
O crime aconteceu no dia 8 de novembro de 2011. Revoltado por causa do acidente, o soldado da 5ª Companhia do 1º Batalhão sacou a arma da corporação e atirou quatro vezes contra Antonio Rodrigues.

O filho do caminhoneiro, Paulo Vito dos Santos Rodrigues, acredita que a exoneração é a menor das punições para o ato do policial. "No momento está bom, ainda não é o que a gete espera no total, mas pelo menos a gente vê que ele foi expulso da Polícia Militar. É o mínimo que eles poderiam fazer neste momento", ressaltou.

Paulo Vito também afirmou que a família espera a condenação de Saulo Oliveira de Souza. "Estamos na expectativa agora para ver o que vai acontecer, porque cinco vezes a audiência foi marcada e desmarcada no Fórum da Serra. A última era para ser no dia 09 de abril, todos nós fomos até o local, familiares, e na hora desmarcaram porque o advogado dele mandou uma carta falando que ele não poderia comparecer. Esperamos que ele seja condenado e pague pelo crime que cometeu", disse.


A decisão da exoneração do policial Saulo Oliveira de Souza foi anunciada pelo comandante da Polícia Militar, o coronel Ronalt Willian de Oliveira. “O processo administrativo foi concluído e a conclusão a que chegou o encarregado é que, realmente, esse ato denegriu fortemente a imagem da nossa corporação e o soldado Saulo de Oliveira foi licenciado a bem da disciplina, ou seja, foi excluído da nossa corporação”, afirmou o comandante geral da PM, Ronalt Willian.

Saulo completaria oito anos na Polícia Militar em julho. “Ele utilizou a arma da corporação no horário de folga. A arma é conferida ao policial militar para ser utilizada de forma racional e responsável em prol de um bem comum e não por interesses particulares alheios ao interesse público”, comentou o comandante.

“Em novembro, nós nos solidarizamos com a família da vítima e informamos que a Polícia Militar não faz e não fazia pré-julgamentos. Nesse momento eu trago à sociedade capixaba a transparência nos trabalhos da PM. Esse ato é indigno para uma polícia que comemora neste mês 177 anos de existência e tem como lema servir e proteger a nossa sociedade”, concluiu Ronalt Willian.

Fonte: folha vitoria

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