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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Reajuste à vista para militares



Ciente da defasagem salarial, Planalto diz que, caso consiga brecha, pode atender demandas das Forças Armadas e dos servidores do Incra



ROSANA HESSEL

JULIANA BRAGA


Apesar do discurso duro, a presidente Dilma Rousseff admite, se encontrar espaço no Orçamento de 2013, dar algum reajuste aos servidores que estão com os salários mais defasados, caso dos militares — cujas reivindicações somam R$ 21 bilhões (Veja quadro) — e dos funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Entretanto, nada estará definido até 31 de agosto, último dia para encaminhar a proposta orçamentária ao Congresso.

De modo geral, todas as categorias têm sido beneficiadas pelo governo petista com a reposição da inflação desde 2003. Segundo o Planalto, os militares, os DAS (cargos de confiança) e uma carreira específica do Incra foram esquecidos. Mas reconhecer o problema não significa que eles terão preferência. Os primeiros na fila são os professores universitários, para os quais foi apresentada uma proposta na semana passada.

O governo também vê com atenção outras três categorias consideradas estratégicas: a Receita, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Polícia Federal. Em relação à Anvisa, os temores são de que uma greve dificulte a importação e a exportação de produtos. Os fiscais da Receita iniciaram o "procedimento padrão", gerando filas de caminhões nas fronteiras. Uma paralisação da PF deixaria desprotegidas as entradas para o país.

A prioridade da presidente no momento é evitar o aumento do desemprego e estimular os investimentos no setor privado para tentar reaquecer a economia do país. Com isso, o espaço para reajustes está cada vez menor.

De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, os militares tiveram, entre 2002 e 2010, a menor reposição salarial entre as categorias federais. Foram 85,29% no período contra 153,04% dos funcionários da Receita, por exemplo. No Incra, os salários estão defasados há 10 anos, diz a categoria. O Ministério do Planejamento diz que, desde março deste ano, já realizou mais de 140 reuniões com sindicatos para ouvir as demandas dos servidores públicos federais.

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