Informação policial e Bombeiro Militar

segunda-feira, 16 de julho de 2012

SINPOL NÃO CEDE ÀS AMEAÇAS E DEFLAGRA GREVE NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA

Acre

A decisão arbitrária do governador Tião Viana [PT], desconsiderando a legislação acerca da exigência de nível superior para realização de concurso público para ingresso na Polícia Civil causou revolta na classe.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre (SINPOL), Itamir Alisson, os policias civis buscam mecanismos de defesa frente ao autoritarismo que foi evidenciado com a “derrubada” da exigência de nível superior para ingresso nas carreiras da Polícia Civil. Embora boa parte da imprensa apenas reporte que o sindicato dos Policiais Civis está contra os estudantes de nível médio, não é isso o que mais importa, explica.

“A defesa do sindicato está pautada em garantir direitos já conquistados por meio do diálogo e do consenso e que infelizmente foi atropelado pela vontade do Poder Executivo e homologado pelos deputados quando votaram pelo retrocesso desta conquista na última quarta-feira”, protesta Itamir.

Segundo o presidente do SINPOL, o Secretário Emylson Farias alega que não tem motivos para a greve, pois, foi o Sindicato que se recusou negociar e que o movimento não conta com a participação da maioria dos policiais.

Mas para ele o motivo da greve é claro: autoritarismo e unilateralidade do Executivo, atropelando a categoria, tirando dos policiais e da polícia um direito e garantia de evolução.

Itamir garante ainda que o Sindicato não se recusou a negociar muito menos usou de intransigência, chegando inclusive a pontuar alguns passos para efetivar um acordo, que não se viabilizou por falta de interesse do governador que acenou apenas com sua palavra.

“Como acreditar na palavra do governador se ele próprio não respeita as leis já em vigor. Negociaremos com algo concreto que poderemos cobrar a efetivação. Enquanto isso não ocorrer, a greve se efetivará na segunda-feira, (16/07)”, disse o presidente do Sindicato.

Itamir garante que sua categoria está forte e motivada a lutar, para que mais direitos seus não sejam tolhidos, concretizando no mínimo alguns pontos fundamentais que necessitam ser assegurados à carreira policial.

Segundo fontes do Acrealerta.com, o impasse continua e reuniões estão sendo realizadas pelos coordenadores das Unidades, sob ordem do Secretário Emylson Farias, com ameaças proferidas para intimidar os policiais a não reivindicarem de forma legítima seus direitos.

Ao ameaçar o corte de pontos e outras sanções descabidas, o sindicato afirma que a gestão se esquece de que, a voluntariedade dos policiais é o que vem dando efetividade ao serviço da Polícia Civil, e tem levado a Polícia a manter ininterrupto o bom andamento de seus trabalhos, quando os policiais “quebram o galho da gestão” ao assumirem postos de chefia sem gratificação, viajam em diligências sem diárias antecipadas, como manda a lei e, até mesmo, ultrapassando as suas atribuições para garantir o melhor atendimento ao cidadão acreano.

“Somos importantes, fazemos parte do processo e estamos sendo tratados como descartáveis. Não estamos pedindo salário ou qualquer coisa que onere os cofres públicos. Nossa luta é por respeito e que sejam garantidos os diretos que nos foram tolhidos. Temos força! E cabe a nós mostrarmos a realidade de nossa Polícia, nossas dificuldades, o que podemos fazer, até onde podemos ir e aonde queremos chegar”, enfatiza Itamir Alisson.

Da Redação do Acrealerta.com

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