Informação policial e Bombeiro Militar

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Jornalista é intimidada por capitão da Polícia Militar em Mato Grosso


Redação Portal IMPRENSA | 26/10/2012 16:15

A jornalista Lisânia Ghisi denunciou estar sofrendo intimidações de um oficial da Polícia Militar, o capitão Eduardo Ticianel Paccola. Segundo o Diário de Cuiabá, a jornalista acionou a OAB-MT, que entrará com uma representação criminal junto ao Ministério Público Estadual.

Segundo Lisânia, tudo teve início no último dia 19 de outubro, quando um policial foi assassinado no município de Várzea Grande e o capitão Paccola fez comentários agressivos sobre o ocorrido, em sua rede social. “Luto. Que Deus conforte o coração da família do nosso irmão de farda e já acaliente o coração da família dos que fizeram essa atrocidade, porque quando nossas garras tocá-los, eles não viverão mais um dia para ver o sol nascer! Pra cima deles, força e honra sempre!”, publicou o oficial.

A jornalista apurou o ocorrido e elaborou reportagem que foi publicada ao final de uma das páginas do jornal A Gazeta. Para fazer a reportagem, Lisânia chegou a ouvir o próprio capitão, o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e o subcomandante da PM.

No dia em que a matéria foi publicada, Paccola tirou uma foto da reportagem e postou em sua página do Facebook, insinuando que “muitos estão para explodir de felicidade achando que mudarão minha forma de agir”, mas afirmando que isto é um “puro engano”. De acordo com o Diário de Cuiabá, a postagem gerou muita repercussão, e nos comentários, diversas pessoas manifestaram apoio ao oficial, dizendo que “se o incidente fosse com alguém da família dela (Lisânia), ela não teria feito essa reportagem”.

A jornalista ainda afirmou que, depois do ocorrido, o capitão tentou adicioná-la no Facebook, porém não foi aceito. Um dos contatos de Paccola mandou uma mensagem diretamente para Lisânia, falando “bandido bom é bandido morto. Clichê, mas verdade. Publica isso”. Dentre os diversos comentários da matéria, uma pessoa publicou o link da página de Lisânia, permitindo o acesso direto ao perfil da jornalista.

Como as manifestações agressivas continuaram, a jornalista optou por procurar o subcomandante da PM, que afirmou que “Paccola seria chamado pra esclarecer a situação”. No dia seguinte, o capitão fez outra postagem, onde dizia: “Eu entrego todos os dias minha vida ao meu trabalho, e por vezes lhe ofertei minha morte! Quer me julgar? Não tem problema, corra os riscos que eu corri na vida tentando salvar pessoas como você, e lhe ouvirei totalmente calado”.

“Como o capitão deu continuidade ao caso, Lisânia acionou a Secretaria de Estado de Segurança Pública, o Sindijor e a OAB-MT, que entrará com uma representação criminal junto ao Ministério Público Estadual”, informou o Diário de Cuiabá.

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