Um capitão da Polícia Militar do Acre está preso no 6º Batalhão da PM em Cruzeiro do Sul (AC), suspeito de ter oferecido bebida alcoólica e dinheiro para manter relações sexuais com uma menina de 12 anos.
Além do oficial, também está preso na penitenciária local, outro homem por suspeita de ter facilitado o aliciamento da menor. O caso aconteceu na madruga de quarta-feira (25) em um balneário da cidade, a cerca de 30 km do centro.
A denúncia foi feita por um taxista chamado para buscá-los no balneário. Ocorre que ao chegar ao local indicado, teriam se negado a pagar a corrida no valor de R$ 98. Ao G1, o taxista, que prefere não revelar seu nome, explicou que chamou a polícia porque os dois homens estavam em um local escuro e distante do centro da cidade, com duas mulheres, sendo uma menor, e não queriam pagar a corrida de táxi.
“Já era madrugada quando uma mulher me ligou, cheguei no local indicado e lá encontrei dois homens e duas mulheres. Elas disseram que os homens mandaram chamar o táxi porque elas não queriam ficar com eles. Revoltados, eles disseram que não iam pagar a corrida”, explicou o taxista.
De acordo com a delegada de Polícia Civil, Carla Ivani de Brito, que responde pela delegacia de Proteção à Mulher e ao Menor em Cruzeiro do Sul, o oficial foi autuado em flagrante pela prática do crime de aliciamento e desacato aos PMs que atenderam a ocorrência.
O outro homem preso foi indiciado por facilitar o aliciamento da menor. Em entrevista coletiva, a delegada explicou que o segundo suspeito preso foi o responsável em levar a menor e a outra maior de idade para o local da ocorrência.
O comandante do 6ª Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Aires Silva, disse que o oficial está preso no batalhão à disposição da justiça, e que o caso já foi comunicado ao Comando Geral da corporação para que sejam tomadas as devidas providências.
“Não vamos fazer nenhum pré-julgamento, vamos deixar que a justiça esclareça o caso, se for confirmado que o oficial cometeu o crime que está sendo acusado, ele pode responder criminalmente e administrativamente”, afirmou.