Rio 247 – O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) critica em seu blog, nesta sexta-feira 6, a cobertura feita pela imprensa sobre o caso do cinegrafista da Band que foi atingido por uma bomba durante um protesto na Central do Brasil.
Segundo o parlamentar, os jornais do Rio "inventaram" uma versão do episódio. "A imprensa carioca acusa manifestantes de terem jogado a bomba que atingiu a cabeça de um cinegrafista da Bandeirantes, que está internado em estado grave. As imagens (...) mostram um rastro de fumaça típico das bombas de gás e não de coquetel molotov ou cabeça de nego como a TV Globo informou ontem", escreve.
Garotinho lembra ainda, em seu post, que o repórter Bernardo Menezes, da GloboNews, que estava perto do profissional da Bandeirantes, "afirmou que viu um PM lançar uma bomba de gás que atingiu o cinegrafista". Abaixo, texto do site Diário do Poder que confronta duas versões sobre a história.
JORNALISTAS TÊM VERSÕES DIFERENTES SOBRE BOMBA CONTRA CINEGRAFISTA
O cinegrafista da TV Band ferido na cabeça no confronto entre policiais e manifestantes nesta quinta-feira, 06, no Rio, teve afundamento do crânio e seu estado é considerado grave. Ele foi atingido por uma bomba.
Segundo a TV Band, o cinegrafista perdeu muito sangue e desmaiou. Socorrido por policiais e levado ao Hospital Souza Aguiar, ele passou por uma tomografia, que constatou afundamento de crânio. Ele foi submetido a uma cirurgia.
O repórter Bernardo Menezes, da GloboNews, que estava próximo do fato, garante que viu quando uma bomba, provavelmente de efeito moral, foi lançada por integrantes da Polícia Militar contra o cinegrafista indefeso. Mais cedo, um coronel da PM havia dito que a bomba teria saído de "um grupo de pessoas vestidas de preto". Este versão foi corroborada por um repórter da própria Band, que disse ter visto um manifestante retirando o artefato de uma mochila e o acendendo, quando pareceu escapar de suas mãos para atingir a cabeça do cinegrafista. Especialistas ouvidos pela Band também acham que a bomba seria de fabricação caseira, na medida em que nenhuma munição usada pela PM produz o fogo e as faíscas registradas em uma sequência de fotos do jornal O Globo.
Outras seis pessoas feridas durante os confrontos foram internadas em hospitais municipais.
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