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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Governo Dilma responsabiliza a PM por confronto com o MST! Você sabe alguém tem que ser responsabilizado e quem é que vai ser? A PM é claro.


Carvalho responsabiliza PM por confronto em marcha do MST

Pelo menos 42 pessoas ficaram feridas durante a confusão


 Demétrio Weber (Email · Facebook · Twitter)
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Confronto entre sem-terra e policiais militares na Esplanada dos Ministérios deixou mais de 40 feridos Foto: Jorge William / Agência O Globo
Confronto entre sem-terra e policiais militares na Esplanada dos Ministérios deixou mais de 40 feridosJORGE WILLIAM / AGÊNCIA O GLOBO
BRASÍLIA - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, responsabilizou nesta quinta-feira à noite a Polícia Militar (PM) do Distrito Federal pelo confronto de quarta-feira entre militantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) e policiais, em passeata na frente do Palácio do Planalto que deixou mais de 40 feridos. Carvalho afirmou que o conflito teve origem numa informação errada que levou a PM a avançar entre os manifestantes, até um ônibus do MST estacionado no local, onde haveria porretes que poderiam ser usados contra os policiais.

— Estava tudo na mais perfeita ordem até que a Polícia Militar teve uma informação, que eu não sei da onde veio, de que um ônibus que estava ali estacionado estava com porretes que podiam ser usados contra a policia. E o comandante, eu não vou criticá-lo porque eu não conversei com ele, toma uma decisão de fazer um grupo entrar para dentro da multidão para ir lá trancar o ônibus. Na verdade foi um erro de informação — afirmou o ministro.
Carvalho falou sobre o tema após participar de evento do 6.º Congresso Nacional do MST, em Brasília. Ele afirmou que, na verdade, o que havia dentro do ônibus eram cruzes de madeira para um ato simbólico na frente do Planalto e pedaços de pau usados na montagem de algumas barracas de lona para representar um acampamento de sem-terra.
O ministro elogiou a atitude de líderes do MST, no momento em que os manifestantes cercaram o ônibus e o grupo de policiais. Os coordenadores dos sem-terra protegeram os PMs e, segundo o ministro, evitaram uma tragédia. Carvalho aproveitou para elogiar o movimento e, sem citar nomes, criticar os black blocs:
— Quando uma manifestação tem liderança, uma pauta clara e direção madura, as coisas podem transcorrer sem grande problema. As fotos que aparecem hoje infelizmente foram daquele momento. Mas elas não retratam o conjunto da manifestação, que tinha uma pretensão pacífica — disse Carvalho, acrescentando:
— Nada a ver, portanto, com essas cenas de violência, que todos nós condenamos, que aconteceram infelizmente nos últimos dias em outro tipo de manifestação e que nós esperamos não ocorram durante a Copa.
Com relação às críticas dos sem-terra contra o ritmo da reforma agrária no governo Dilma Rousseff, Carvalho afirmou que muito já foi feito pelo atual governo e que o papel dos movimentos sociais é pressionar:
— Sabemos dos nossos limites. É natural que os movimentos sociais cumpram esse papel de não serem chapa-branca, de não serem apegados ao governo e cumpram o papel de cobrar do governo.
Carvalho, que não discursou no ato, usou boné do movimento, assim como os demais participantes, entre eles, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
O ministro negou que Dilma esteja mais próxima do agronegócio do que dos pequenos agricultores, afirmando que nenhum governo fez mais pela agricultura familiar do que o atual. Ele afirmou que discorda do MST, quando o movimento acusa o agronegócio de não produzir alimentos e ser um mal para o país:
— A Dilma é a presidenta do país. Ela tem que cuidar de todos os setores. O grande negócio na agricultura brasileira é fundamental para nós na produção das commodities para exportação, mas também da alimentação. Não é verdade que não produz alimentos. Nesse ponto de vista, temos uma divergência sadia com os companheiros aqui. Ao mesmo tempo, nós valorizamos extremamente a agricultura familiar. Nunca na história deste país um governo estimulou tanto a agricultura familiar.
Rui Falcão defendeu a reforma agrária e classificou como "demandas justas" a pauta de reivindicações apresentadas pelo MST à presidente Dilma Rousseff. Falcão atacou o latifúndio e a mídia, afirmando que os meios de comunicação no Brasil estão nas mãos de poucas famílias que "querem impor o pensamento único".
O coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, atacou o agronegócio e defendeu a união dos movimentos sociais para fazer a reforma agrária. Segundo ele, porém, a nova reforma agrária vai além da busca pela terra, pois exige conhecimento e insumos para produzir. Stédile defendeu projetos para produção de leite financiados pelo BNDES e atacou multinacionais que atuam no setor. Ele reclamou também de exigências burocráticas do BNDES para liberar empréstimos para cooperativas de pequenos agricultores. Para ele, é uma "via-sacra de tanta enrolação".
— A desunião é burrice —afirmou Stédile, acrescentando: —Não basta lutar contra o agronegócio.

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