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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Morte de PM pode ser resposta às chacinas, diz associação de policiais




Para presidente, execução é retaliação por mortes ocorridas em janeiro. 
Daniel Pinto de Moura foi assassinado com pelo menos 8 tiros no sábado.

Do G1 Campinas e Região

Policial militar Daniel Pinto de Souza foi morto em Campinas (Foto: Reprodução / EPTV)Policial militar Daniel Pinto de Souza foi morto
em Campinas (Foto: Reprodução / EPTV)
O assassinato do policial militar Daniel Pinto de Souza, de 45 anos, na região do Ouro Verde, em Campinas (SP), pode ter sido uma represália à série de 12 mortes ocorridas na mesma área entre os dias 12 e 13 de janeiro.Souza foi morto sábado (8) com oito tiros.
A informação é da presidente da Associação de Familiares e Amigos de Policiais do Estado de São Paulo (Afapesp), Adriana Borgo. Ela disse que, ao ouvir relatos de moradores dos bairros, acredita que a sequencia de mortes, sendo duas chacinas, esteja relacionada com o assassinato do soldado.
Cinco PMs foram presos no mês passado por suspeita da morte de um adolescente, que seria a primeiro dos homicídios múltiplos. "A prisão dos cinco policiais suspeitos pelas chacinas foi prematura. Isso fez as pessoas pensarem que os PMs já são culpados pelas 12 mortes e pode ter gerado uma necessidade de retaliação. Acreditamos sim nessa hipótese", disse Adriana Borgo aoG1.
Prematuro
O delegado seccional de Campinas, José Carneiro Rolim Neto, afirmou no fim de semana que é "prematuro" afirmar que a execução do policial é uma represália às chacinas. Segundo ele, por enquanto não há nenhuma informação nesse sentido. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que o caso será registrado como homícidio doloso e as investigações ficarão concentradas no Setor de Homicídios de Campinas. O G1 também entrou em contato a assessoria de imprensa da Polícia Militar, mas a corporação não se pronunciou ainda.

Execução
Daniel Pinto de Souza foi executado com pelo menos oito tiros no Jardim Shangai. A vítima, que estava de folga, chegou a ser levada ao Hospital Ouro Verde, mas não resistiu aos ferimentos. Um suspeito de participar da ação foi baleado e morreu após perseguição. Outro foi detido.
PMs presos
No dia 29 de janeiro, cinco policiais militares foram presos suspeitos da morte do adolescente Joab Gama das Neves, de 17 anos, considerado a primeira vítima da sequência de assassinatos. Eles foram recolhidos ao Presídio Romão Gomes, em São Paulo. Antes das prisões, o adolescente não era colocado na lista dos homicídios em série. Por outro lado, segundo a Promotoria, um dos assassinatos, no residencial Cosmos, foi praticamente descartado do caso e, com isso, o número de execuções permanece em 12.
Segundo Adriana Borgo, que também é presidente da Comissão dos Direitos Humanos dos Policiais de São Paulo, o habeas corpus para os cinco policiais militares presos deve ser pedido ainda nesta semana. Os advogados estão juntando algumas provas para anexar ao inquérito e também aguardam os PMs prestarem novos depoimentos à corregedoria.
Mortes
As mortes ocorreram entre a noite de 12 de janeiro e a madrugada do dia 13 em um intervalo de cinco horas. A primeira foi no Jardim Nova América. Em seguida, quatro pessoas foram mortas na primeira chacina, no bairro Recanto do Sol. Depois, a sexta morte aconteceu no Parque Universitário. O grupo fez cinco vítimas em um único bairro, na segunda chacina da série, no Vida Nova. A última morte aconteceu, a 3,5 km dali, no Jardim Vista Alegre. Os bairros são da região do Ouro Verde.

Desde a abertura do inquérito, pelo menos 60 pessoas foram ouvidas sobre o caso no Setor de Homicídios, entre elas, parentes das vítimas, policiais e comerciantes da região. Uma das hipóteses é de que os 12 homicídios tenham ocorrido em vingança à morte de um PM do 47º Batalhão, horas antes do início das chacinas, durante uma tentativa de roubo a um posto de combustíveis.
Suspeito pela morte do policial, um jovem de 22 anos foi preso em uma comunidade rural entre os municípios de Espinosa (MG) e Sebastião Laranjeiras (BA); enquanto que um adolescente, de 17 anos, foi apreendido na casa de parentes em Caetité (BA).

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