Informação policial e Bombeiro Militar

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Polícia do Canadá investiga em São Paulo empresa envolvida na máfia do ISS



Investigação


Brookfield, incorporadora que possui sede também no Canadá, admitiu ter 

pago 4 milhões de reais à máfia do ISS; polícia canadense trabalha em

 parceria com o Ministério Público Estadual

Prédio da Brookfield Incorporações em construção na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo
Prédio da Brookfield Incorporações em construção na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 
em São Paulo (Germano Luders)
A incorporadora multinacional Brookfield é investigada por uma equipe da Real Polícia
 Montada do Canadá. Os policiais estão em São Paulo para investigar atividades ilícitas 
da incorporadora, que tem uma das sedes no Canadá. Aqui, a empresa é citada em 
investigações sobre a máfia do Imposto sobre Serviços (ISS) e o chamado "caso Aref",
 sobre pagamento de propina para a liberação de imóveis irregulares.
Os investigadores firmaram um tratado de assistência mútua com o Brasil e apuram o
 caso com o auxílio do Ministério Público Estadual (MPE). Os investigadores canadenses
 trabalham no MPE desde o começo da semana e já se reuniram com promotores do 
Patrimônio Público e Social. Testemunhas já ouvidas pela promotoria e pelo Grupo de 
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) devem ser ouvidas em 
investigação própria da equipe canadense.
A Real Polícia Montada é uma autoridade policial federal, que tem jurisdição para atuar
 em crimes municipais, estaduais e federais. 
Trabalho conjunto - A assistência firmada com o Canadá inclui, além da tomada de 
depoimentos, a localização de pessoas e objetos, por meio de mandados de busca e 
apreensão, a tomada de bens e confisco de produtos oriundos de crimes - e até a 
disponibilidade de pessoas detidas para fornecimento de provas necessárias à
 investigação.
"O Estado requerido (Brasil) deverá convidar a pessoa (testemunha) a auxiliar a 
investigação ou comparecer em juízo como testemunha no processo judicial e 
deverá solicitar a cooperação dessa pessoa. Essa pessoa deverá ser informada 
sobre as despesas e ajudas de custo que lhe serão pagas", diz um dos artigos 
do termo de cooperação assinado entre Brasil e Canadá.
O acordo garante também salvo-conduto para testemunhas que precisem ser 
transferidas para o Canadá para depor na condição de testemunha naquele país e 
garante que as solicitações feitas por Ottawa sejam acompanhadas de tradução. 
Além disso, garante que o Canadá arcará com perícias e transporte de pessoal.
O Ministério Público Estadual trata a investigação como sigilosa e não dá detalhes. 
Promotores esperam que a colaboração também possa ajudar a obter documentos
 que poderão ser usados nos inquéritos em andamento que citam a empresa.
Investigações - No caso da máfia do ISS, a Brookfield admitiu ao Ministério Público
 que pagou 4,1 milhões de reais aos fiscais da Secretaria Municipal de Finanças que 
cobravam propina para permitir a sonegação do imposto. Foi a primeira empresa a 
colaborar com a investigação, ainda em novembro do ano passado, logo após a prisão
 dos quatro fiscais acusados de integrar o núcleo do esquema.
A delação foi feita um ano depois de a empresa aparecer no "caso Aref". Em junho 
de 2012, uma ex-diretora da incorporadora testemunhou que a BGE, empresa do grupo, 
pagou 1,6 milhão de reais em propina para agentes ligados ao ex-chefe do Aprov 
(departamento da Prefeitura que libera novos empreendimentos), Hussain Aref Saab.
Isso para que os prédios dos Shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis, ambos na 
região central, fossem liberados mesmo com irregularidades. Procurada, a assessoria 
de imprensa da Brookfield afirmou que os executivos da empresa desconhecem o caso. 
(Com Estadão Conteúdo)

Fonte: VEJA

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