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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Após atentado, PM diz ter descoberto plano para matar magistrado

ALAGOAS

Da Redação
Alagoas24horas/Arquivo
Sargento Amilton, no dia em que sofreu o atentado
Sargento Amilton, no dia em que sofreu o atentado
Limitado a uma cadeira de rodas e à própria cama e temendo pela própria vida. Essa tem sido a rotina diária do sargento da Polícia Militar de Alagoas, José Amilton Alves Bezerra, de 45 anos, desde o dia 16 de outubro, quando foi vítima de um atentado à bala na Avenida Belmiro Amorim, no bairro de Santa Lúcia.
Ainda se recuperando e sob escolta permanente da polícia, o militar aceitou conversar com a reportagem do Alagoas 24 horas e fez graves denúncias que, segundo ele, estão sendo investigadas pela Polícia Civil, Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e Conselho Estadual de Segurança (Conseg).
Na última sexta-feira, 24, o sargento – que tem 25 anos de corporação - depôs durante horas a diretores da Polícia Civil, ao coordenador da Delegacia de Homicídios, Cícero Lima, além de promotores e representantes do Gecoc. A assessoria da Polícia Civil disse que não pode se pronunciar sobre o caso.
As denúncias versam sobre roubo de combustíveis, depenação de veículos apreendidos dentro de um batalhão, além de apropriação de munições e dinheiro apreendidos junto a traficantes. A denúncia mais grave, no entanto, seria a trama de morte de um juiz membro do próprio Conseg, que trata do envolvimento de policiais lotados à época no Batalhão de Guarda (BPGd), onde o sargento Amilton é lotado.
Todas as denúncias envolvem um major da PM alagoana, que já foi preso e seria o mentor de todas as irregularidades. Amilton garantiu que contou tudo que sabe às autoridades alagoanas e que teme pela própria vida e pela vida dos seus familiares. Desde o atentado, o militar é escoltado dia e noite por uma viatura, mas nem isso tem garantido o seu sossego.
Sobre o atentado que sofreu, o militar disse que os bandidos dispararam cerca de 15 tiros, mas foi atingido por apenas um, uma vez que conseguiu revidar e efetuar aproximadamente cinco tiros contra os algozes. Questionado sobre a autoria, o militar foi enfático ao afirmar que o atentado foi planejado pelo seu ex-comandante de batalhão, como queima de arquivo.
O militar confirmou, ainda, que há inquéritos policiais instaurados no 7º e 10º distritos sobre as suas denúncias e que presenciou inclusive tortura dentro do batalhão. “Eu sei que depois de falar meu comandante irá mandar me prender, mas a sociedade precisa saber o que está acontecendo”.

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