Informação policial e Bombeiro Militar

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Justiça decreta prisão de PMs acusados de matar Haíssa no Rio


Informação foi dada com exclusividade pela GloboNews. Jovem foi morta por tiro de fuzil durante abordagem policial em Nilópolis.
14/01/2015 16h21 - Atualizado em 14/01/2015 18h20
Do G1 Rio

A Justiça do Rio aceitou nesta quarta-feira (14) a denúncia do Ministério Público e decretou a prisão dos policiais militares Marcio José Watterlor Alves e Delviro Anderson Moreira Ferreira, pela morte da jovem Haíssa Vargas Motta, em agosto de 2014. Eles são acusados pelo crime de homicídio duplamente qualificado – motivo fútil e recurso que dificulta ou impossibilita a defesa da vítima. A informação foi dada com exclusividade pela GloboNews.

Os mandados de prisão foram expedidos pelos juiz Glauber Bittencourt. Os PMs devem ser presos ainda nesta quarta. O principal argumento para a prisão é preservar a segurança de testemunhas do processo, segundo a Justiça.

Haíssa foi morta durante uma abordagem policial em Nilópolis, na Baixada Fluminense, quando voltava de uma festa com amigos. Um vídeo divulgado neste sábado (10) pela revista "Veja" mostrou a ação que terminou com o homicídio.

Haissa Motta foi morta por policiais em Nilópolis (Foto: Reprodução/TV Globo)
Haissa Motta foi morta em outubro
(Foto: Reprodução/TV Globo)

Na gravação, os dois policiais em uma viatura mandaram um carro onde estavam um rapaz e três amigas parar. O veículo não parou e o PM Márcio José Watterlor posicionou o fuzil para fora do carro e efetuou cerca de 10 tiros na direção do veículo. A jovem foi atingida nas costas.

Quando o veículo para, os policiais descem e uma das jovens implora: “Ajuda ela aqui. Pelo amor de Deus. Ajuda ela aqui, moço”, suplica uma delas. As amigas, que não foram feridas, entram no carro dos policiais e seguem o carro onde está a jovem ferida até o hospital, onde Haíssa morreu.

No caminho, os policiais conversam com as amigas e um deles questiona o motivo de o grupo não ter parado. “Não, não justifica, tá. Não justifica ter dado o tiro, tá bom?”, alega o PM. Ao ligar o rádio para comunicar o que ocorreu, um dos policiais diz: “Não sei nem o que eu falo aí”.

Ao relatar o que ocorreu, o policial ainda admite: “Dá um auxílio aqui também que a gente tá meio barata voa”. O relógio da câmera da viatura policial mostra que eram quase 6h do dia 2 de agosto do ano passado.

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