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sexta-feira, 13 de março de 2015

Taxista é preso ao atrapalhar investigação de morte de PM



Taxista é preso no ES ao atrapalhar investigação de morte de PM
Polícia explicou que ele deu depoimentos conflitantes. Taxista teria sido rendido pelos mesmos criminosos que mataram o policial.
12/03/2015 16h51 - Atualizado em 12/03/2015 17h56
Do G1 ES, com informações da TV Gazeta
O taxista que contou ter sido rendido pelos mesmos criminosos que mataram o policial militar Eduardo Silva Júnior, de 21 anos, também foi preso na tarde desta quinta-feira (12). Ele foi detido porque estaria atrapalhando as investigações e por apresentar depoimentos conflitantes. De acordo com as apurações, o motorista teria sido abordado em Cachoeiro de Itapemirim e obrigado a levar os homens até Marataízes, onde o soldado foi feito refém, mas a versão ainda não convenceu. Ele foi o quarto preso por suspeita de envolvimento no crime, que aconteceu no Sul do Espírito Santo.

O corpo do soldado foi encontrado na localidade de Brejo Grande do Sul, em Itapemirim, também na região Sul do estado, por volta das 10h40 da manhã desta quarta-feira (11). Segundo a polícia, o militar estava desaparecido desde a noite da terça-feira (10). O corpo apresentava sinais de violência e foi morto com requintes de crueldade. O carro do militar foi encontrado incendiado em Vargem Alta, na madrugada desta quarta-feira.

Eduardo tinha 20 anos e era soldado da Polícia Militar, no Sul do Espírito Santo (Foto: Reprodução/ Facebook)
Eduardo tinha 20 anos e era soldado da Polícia
Militar (Foto: Reprodução/ Facebook)

Segundo o secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, o depoimento do taxista foi contraditório. “Tudo indica que houve participação do taxista. Acreditamos que ele já sabia o que ia acontecer. Diante do longo percurso feito pelo taxista e do desfecho do crime, fica difícil acreditar que ele não sabia do propósito dos bandidos”, disse o secretário

A polícia informou que os três suspeitos que foram presos primeiro, na noite desta quarta-feira (11), têm idades entre 18 e 23 anos e confessaram o crime. Eles foram autuados por formação de quadrilha e latrocínio, que é roubo seguido de morte. Os nomes não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.

O responsável pela Delegacia Regional de Itapemirim, Dijalma Pereira Lemos, disse ao G1 que os suspeitos foram presos em um bairro conhecido por casos de tráfico de drogas. “Depois do crime eles fugiram para o Zumbi. Por meio das investigações chegamos até eles. Os três já são conhecidos por vários crimes desde a adolescência”, relatou.

Uma força tarefa montada especialmente para prender outros suspeitos do crime continua nas ruas. Segundo a polícia, há três hipóteses para a motivação do assassinato: latrocínio, crime passional ou crime funcional (motivado por ele ser policial).

O taxista está detido na delegacia de Itapemirim, no Sul do estado, junto com outro suspeito. Dois criminosos já estão presos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Marataízes.

Motivação 
morte do soldado da Polícia Militar pode ter sido passional, explicou o secretário de Defesa Social e Segurança Patrimonial de Marataízes, Marcos Gazzani. Segundo ele, a versão dada pelo taxista que testemunhou o crime, de que seria apenas um roubo seguido de morte, não convenceu.

Carro de policial foi encontrado incendiado no Espírito Santo (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)
Carro de policial foi encontrado incendiado no
Espírito Santo (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)

De acordo com Gazzani, levando em conta a maneira como o crime aconteceu, se a intenção dos criminosos era roubar o Corolla do policial, eles não teriam incendiado o veículo em seguida.

"A versão inicial era que os criminosos saíram de Cachoeiro para roubar um Corolla ou um Honda Civic, em Marataízes. Eduardo estava disponível para eles conseguirem o que queriam. Não tinha necessidade de o amarrarem, darem tiro na cabeça dele e incendiarem o veículo", comentou o secretário.

Recompensa
A Associação dos Cabos e Soldados (ACS), da Polícia Militar, ofereceu uma recompensa de R$ 5 mil para quem denunciar os suspeitos do assassinato. O diretor da regional Sul da associação, Clayton Siqueira, disse que as informações devem ser feitas pelo telefone do Disque denúncia 181. O secretário de Segurança Pública do Estado, André Garcia, disse que “qualquer informação é bem-vinda”.

“A recompensa é de R$ 5 mil e as informações devem ser repassadas pelo Disque denúncia, conforme a legislação vigente. A ACS repudia essa covardia com os profissionais de segurança pública. Eles não mexeram com um policial e sim com 10 mil homens que estão nas ruas atrás deles. A PM vai prendê-los", disse Clayton.

Crime
Um taxista, que trabalhava na Praça Jerônimo Monteiro no Centro de Cachoeiro de Itapemirim, contou que foi abordado por três homens. Eles pediram uma corrida até o bairro União. Chegando próximo a um posto de combustíveis desativado, outros dois criminosos entraram no carro e anunciaram um assalto.

O taxista contou à polícia que os homens disseram que queriam roubar um outro carro, modelo Corolla ou Civic. Ao chegarem em Marataízes, os criminosos abordaram Eduardo Silva Júnior, que estava em um Corolla. Ao entrarem no veículo, descobriram que o jovem era militar e o levaram como refém.

Por volta das 22h45, o taxista entrou em contato com a polícia e disse ter sido abandonado no bairro Garrafão, em Itapemirim. Os criminosos continuavam com o policial e seguiram viagem. Horas mais tarde, às 3h25, o carro da vítima foi encontrado em chamas no município de Vargem Alta. Ele não foi encontrado no interior do veículo e continua desaparecido.

Na manhã desta quarta-feira, o taxista prestou depoimento à polícia. Ele possui passagem por uso de drogas e tentativa de suicídio. Segundo André Garcia, o taxista voltou a ser ouvido pela polícia na tarde desta quarta-feira (11).

Corpo de policial desaparecido em Marataízes, na região Sul do Espírito Santo, é encontrado (Foto: Débora Fernandes/ TV Gazeta)
Corpo de policial desaparecido em Marataízes é encontrado (Foto: Débora Fernandes/ TV Gazeta)

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