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sábado, 17 de setembro de 2016

Ministro do Supremo Dias Toffoli comparou os juízes, desembargadores e ministros do STF aos militares na época da ditadura. Segundo ele, cabia aos militares moderar as crises nacionais. Depois do fim da ditadura e com a elaboração da Consittuição de 1988, o bastão foi passado ao Judiciário. O Ministro aproveitou e criticou também segundo ele o exagero de juízes em operações da Polícia Federal! Veja.



O Estado de Minas 

Toffoli critica exagero de juízes em operações da Polícia Federal

Para o vice-presidente do STF, o Judiciário precisa conter seu ativismo sob o risco de sofrer desgaste semelhante ao que sofreram militares durante a ditadura









Edésio Ferreira/EM.D.A PressMinistro Dias Toffoli participou nesta sexta-feira de congresso sobre direito tributário, em Belo Horizonte (foto: Edésio Ferreira/EM.D.A Press)

Depois de ter o nome citado na Operação Lava-Jato, o vice-presidente do Supremo Tribunal, ministro Dias Toffoli, criticou nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, durante o Congresso Internacional de Direito Tributário, o ativismo do Judiciário. Toffoli alertou para o risco da atuação de juízes chegar ao totalitarismo.

Tofolli reconheceu que há uma crise no Congresso e na política. Em contrapartida, ele defendeu cautela no sistema moderador do poder Judiciário. O magistrado disse, ainda, que "governar no Brasil não é fácil". 

"Nós temos de resolver as crises de maneira pontual, quando somos provocados e chamados. Se nós quisermos ser os protagonistas da sociedade brasileira, começar a fazer sentenças aditivas, operações em que tem 150 mandados de busca e apreensão em um único dia", afirmou sem concluir o raciocínio. 

O ministro fez uma pausa e completou: "Temos que refletir. Isso vai nos levar ao totalitarismo do Judiciário. Isso é democracia? É estado democrático de direito? ", questionou.

O ministro comparou os juízes, desembargadores e ministros do STF aos militares. Segundo ele, cabia aos militares moderar as crises nacionais. Depois do fim da ditadura e com a elaboração da Consittuição de 1988, segundo ele, o bastão foi passado ao Judiciário. 

 "O poder Judiciário, nesse protagonismo, tem que ter uma preocupação de não exagerar no seu ativismo. Se exagerar vai ter o mesmo desgaste que tiveram os militares", afirmou. Para Toffoli, a ideia de que o Judiciário vai salvar nação brasileira é um erro semelhante aos dos militares, que "quiseram se achar os donos do poder" .
Palma para doido dançar

Dias Toffoli defendeu cautela no poder Judiciário como moderador dos conflitos. "Se criminalizar a política e achar que o setor Judicial vai solucionar os problemas da nação brasileira com moralismo, com pessoas batendo palma para doido dançar, destruindo a nação brasileira; nós vamos cometer o mesmo erro que os militares cometeram em 1964"", disse.

Lava-Jato

Toffoli foi citado na proposta de delação do ex-presidente da OAS Leo Pinheiro, que revelou conversas dele com o ministro sobre uma infiltração na casa dele. Também foi revelado que investigados da Lava-Jato pagaram R$ 300 mil ao escritório Rangel Advocacia, da mulher de Toffoli, em 2008 e 2011.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no entanto, negou que o fato tenha chegado ao conhecimento do MP. Segundo ele, "não houve nas negociações ou pretensas negociações de colaboração com essa empreiteira nenhuma referência, nenhum anexo, nenhum fato enviado ao MP que envolvesse essa alta autoridade judiciária", afirmou Janot durante sessão do Conselho Nacional do Ministério Público.

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